O que virá depois da Internet das Coisas (IOT)? Estudos apontam para a Internet das Ações (IoA)
Entre os principais conceitos de TI do mercado está a Internet das Coisas (Iot) que destaca-se por ser uma das mais versáteis e adaptáveis ao ambiente corporativo hoje em dia. A ideia é basicamente conectar todos os tipos de objetos à Internet, o que nos permite sincronizá-los entre si e usa-los remotamente – uma conexão entre o mundo digital e o mundo físico.
A Internet das Coisas auxilia atualmente diversas empresas em duas pontas: automatizando processos internos ou dando uma visão mais precisa sobre os seus clientes. E não se limita somente a produtos de consumo. Há latas de lixo na cidade que enviam alertas quando precisam ser esvaziadas, sensores em pontes que controlam a tensão ou danos em sua estrutura, e muitos outros exemplos que se estendem aos campos da saúde, manufatura e agricultura, entre outros.
Porém, com o Covid-19 e o mundo mudando em um ritmo sem precedentes tivemos que incorporar novas maneiras de viver e trabalhar em alta velocidade. A pandemia está se configurando para ser o maior fator global de mudança visto, e, segundo estudos de tendências, está criando novas atitudes aos consumidores.
BEM VINDO À INTERNET DAS AÇÕES (IoA)
Segundo relatório da WGSN, rede global de tendências de consumo e design, a próxima fase da tecnologia digital depois do IOT seria chamada de Internet das Ações ((IoA), na qual a parceria homem-máquina será levada a um nível superior, transformando a maneira como nos comunicamos, consumimos, trabalhamos e fazemos negócios.
As inovações tecnológicas permitirão então uma nova fase da Internet das Coisas (IoT); o avanço da inteligência artificial, os sensores onipresentes e a ciência de dados possibilitarão a transformação do nosso mundo, desde o nosso jeito de viver a realidade física até nossa forma de colaborar.
A Internet das Ações (IoA) é uma visão a longo prazo do futuro digital em que tecnologia e o homem possibilitam um mundo de realidades cada vez mais mistas, em que os algoritmos estarão totalmente conectados ao processo de decisão humana.
Neste caso, a inteligência coletiva (CI), o conhecimento compartilhado com origem na colaboração humana será aprimorada pela tecnologia, e oferecerá novas possibilidades, criando valor comercial, social e cívico.
No mundo do marketing e entretenimento, esta combinação poderosa de inteligência artificial, dispositivos com sensores e realidades virtuais e aumentadas permitirá que as marcas criem experiências multissensoriais que vão além das telas, estimulando todos os sentidos humanos e criando conexões emocionais profundas e duradouras com o público.
Na educação e comunicação, os processos intuitivos de interação com objetos e movimentação dos nossos corpos serão usados para criar novas formas de aprendizado e colaboração, controlando a tecnologia através de gestos, toques e olhares. Os softwares de interação virtual permitirão que as crianças aprendam conceitos básicos de programação usando movimentos de dança para controlar os dispositivos, e não o teclado, por exemplo. Os dispositivos ‘lerão’ a coreografia feita e serão capazes de entender e processar seu código.
Durante a próxima década, estas tecnologias terão coletado uma quantidade incrível de dados sobre os sentidos e movimentos humanos, permitindo a criação de uma nova geração de tecnologias sensoriais mais sofisticadas, que se tornarão parte invisível da nossa vida cotidiana.
ECONOMIA PREDITIVA
A combinação de algoritmos de aprendizado de máquina, dispositivos biométricos vestíveis, ciência e análise de dados nos permitirá codificar, entender e prever com precisão os desejos das pessoas.
A Internet das Ações irá nos conhecer cada vez mais através da nossa presença e comportamento online. E, com isso, irá processar estas informações, reconhecer padrões e correlações, testar hipóteses e tirar conclusões.
Por fim, ela oferecerá os produtos e serviços que desejamos e precisamos. Esta dinâmica assumirá a forma de uma economia preditiva, com base nas emoções, experiências, conhecimento e confiança mais ampla entre humanos e máquinas.
A capacidade de prever comportamentos também transformará nossa forma de consumo, nos levando a um futuro de distribuição igualitária, acessibilidade e consumo sem desperdícios.
O Falling Fruit, por exemplo, é um app de financiamento coletivo com um mapa global para a colheita urbana de alimentos. O app permite que os usuários se conectem com mais de meio milhão de árvores frutíferas, plantas comestíveis, água potável e lixeiras disponíveis para a retirada de alimentos gratuitos. No futuro, estas ferramentas virão integradas em dispositivos inteligentes que notificarão os smartphones e usuários das redondezas sobre recursos disponíveis, reduzindo desperdícios e auxiliando na hiperlocalização de redes alimentícias.
Isso seria apenas uma das tendências depois de anos de estudo segundo especialistas. E você, o que acha que vem por aí nas próximas décadas?